quinta-feira, 1 de maio de 2008

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PALESTRA DO MESTRANDO LUCIANO

Abordando, em geral, o tema Kant, Luciano (mestrando em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná), em sua palestra proferida junto à turma do segundo ano do mesmo curso e da mesma instituição de ensino, tentou mostrar de forma sucinta o modo pelo qual, na filosofia kantiana, o “belo” pode ser considerado como símbolo da moralidade. A estrutura da pesquisa do autor está organizada da seguinte maneira: divide-se em três partes; na primeira, a preocupação do pesquisador volta-se ao entendimento da noção de “analogia” e “símbolo” em Kant. Para tal, faz-se necessária uma abordagem da Crítica da Razão Pura, onde se constata que as analogias, de fato, não passam de regras que determinam as relações entre os fenômenos num tempo, reduzindo-os assim à unidade necessária da percepção. Em Kant, fenômeno é a coisa tal como se nos aparece e, do qual, pode-se dizer que nunca está presente no objeto em si mesmo, mas sempre na relação do objeto com o sujeito (Cabe lembrar que o fenômeno é inseparável do objeto). Na verdade, trata-se, portanto, de uma forma pela qual se pode organizar o mundo, de acordo com o palestrante. Já o símbolo, por sua vez, trata-se de uma leitura que fazemos do belo ao sublime, onde encontramos elementos que nos modificam moralmente. Para que isso seja compreendido de forma menos complexa, convém aqui estabelecer a definição do que vem a ser o “belo” e o “sublime”. Belo em Kant é o representado como objeto de uma satisfação universal e sem conceito. É, portanto, aquilo que é reconhecido sem conceito como objeto de uma satisfação necessária. Já o sublime, por sua vez, é aquilo que demonstra uma faculdade do espírito que transcende toda a medida dos sentidos (cf. G. Pascal). Desse modo, pode-se dizer (nas entrelinhas) que símbolo é o ato pelo qual eu apresento à razão aquilo que, por ela mesma, me é dado. E isso que ela mesma me da é universal na medida em que é necessário, no entanto, sem conceito – nesse caso. Na segunda parte da pesquisa, o autor quer compreender como o belo se torna símbolo da moral e, por fim, na terceira parte, ele analisa como se da a relação entre moral e sublime. Abordando, em geral, o tema Kant, Luciano (mestrando em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná), em sua palestra proferida junto à turma do segundo ano do mesmo curso e da mesma instituição de ensino, tentou mostrar de forma sucinta o modo pelo qual, na filosofia kantiana, o “belo” pode ser considerado como símbolo da moralidade. A estrutura da pesquisa do autor está organizada da seguinte maneira: divide-se em três partes; na primeira, a preocupação do pesquisador volta-se ao entendimento da noção de “analogia” e “símbolo” em Kant. Para tal, faz-se necessária uma abordagem da Crítica da Razão Pura, onde se constata que as analogias, de fato, não passam de regras que determinam as relações entre os fenômenos num tempo, reduzindo-os assim à unidade necessária da percepção. Em Kant, fenômeno é a coisa tal como se nos aparece e, do qual, pode-se dizer que nunca está presente no objeto em si mesmo, mas sempre na relação do objeto com o sujeito (Cabe lembrar que o fenômeno é inseparável do objeto). Na verdade, trata-se, portanto, de uma forma pela qual se pode organizar o mundo, de acordo com o palestrante. Já o símbolo, por sua vez, trata-se de uma leitura que fazemos do belo ao sublime, onde encontramos elementos que nos modificam moralmente. Para que isso seja compreendido de forma menos complexa, convém aqui estabelecer a definição do que vem a ser o “belo” e o “sublime”. Belo em Kant é o representado como objeto de uma satisfação universal e sem conceito. É, portanto, aquilo que é reconhecido sem conceito como objeto de uma satisfação necessária. Já o sublime, por sua vez, é aquilo que demonstra uma faculdade do espírito que transcende toda a medida dos sentidos (cf. G. Pascal). Desse modo, pode-se dizer (nas entrelinhas) que símbolo é o ato pelo qual eu apresento à razão aquilo que, por ela mesma, me é dado. E isso que ela mesma me da é universal na medida em que é necessário, no entanto, sem conceito – nesse caso. Na segunda parte da pesquisa, o autor quer compreender como o belo se torna símbolo da moral e, por fim, na terceira parte, ele analisa como se da a relação entre "moral" e "sublime".

sábado, 26 de abril de 2008

CONSIDERAÇÕES SOBRE O FILME O PORTEIRO DA NOITE Em grego Eros remete à noção de vida, enquanto que Thánatos à noção de morte. Dois campos opostos em choque constante. O primeiro luta pela sua continuidade, pelo seu ser, enquanto que o segundo, pelo seu vir-a-ser. Não obstante a isso, o filme “O porteiro da noite” mostra de forma clara e distinta a possibilidade de como e a partir de que se pode perceber a existência de certa harmonia entre esses contrários (vida e morte). O filme faz aparecer uma realidade (quase que inexistente) que se articula por cima da distorção dos fatos, de onde os mesmos passam a ser vistos a partir de outra ótica, (totalmente diferente daquela com a qual eram observados antes) o que altera os seus sentidos e significados. “O porteiro da noite” traz à tona a história de uma judia e um nazista no contexto da segunda guerra mundial, onde ela foi torturada por ele num campo de concentração. Tendo passado 13 anos após o término da guerra, eles se encontram novamente e – relembrando “simultaneamente” o vivido num passado, nem tanto distante – passam a viver uma intensa paixão recheada de muito erotismo. É quase inacreditável ver essa relação amorosa entre o nazista e a judia, principalmente para quem conhece bem a história entre esses dois contrates. O porteiro da noite é um convite para revermos nossas atitudes e aspirações. Faz-nos perceber também o complexo sobre o qual se tece os propósitos e ideais de cada individuo, principalmente quando o assunto se trata de relações humanas. A grandeza do filme reside, portanto, no ato dele mostrar que – entre o pequeno e grande; o fraco e o forte; o contexto e fato; o oprimido e o opressor; o torturado e o torturador, enfim, entre o judeu e o nazista – há uma possibilidade de harmonia, onde tudo possa ser diferente, desde que se lute por isso. Convém aqui ressaltar que uma coisa é o filme, outra coisa é a realidade. Mesmo que o primeiro se teça por sobre aquilo que no segundo é dado, ele não traz em si a noção de real, mas sim a noção de possibilidade. O real é aquilo que já está dado; a possibilidade é aquilo que pode ser mais ainda não é. A harmonia que (no filme) reina entre os opostos, no real se traduz em utopia. E é o desejo de “tudo” ser diferente a partir dessa realidade utópica que instiga à descontinuidade e a ruptura daquilo que já é dado, para que, somente assim, se possa ter algo novo em se tratando de paz entre os humanos. É justamente essa a proposta do filme.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Considerações sobre o filme "A VIDA DE DAVID GALE"

Vivendo num mundo completamente marcado pelo antagonismo de idéias onde prevalece sempre a do mais forte em detrimento da do mais fraco; Vivendo numa sociedade de caráter pluralista, carente de singularidade (como é o caso da de nossos dias) David Gale é – no filme – mais uma vítima de um delinqüente e psicótico sistema político muitas vezes cego à verdade, todavia, atento à aquilo que é ilusório e, desse modo, apto à disseminação da ideologia por quase todos os campos da vida social. O objeto de analise do filme é a questão referente à pena de morte, nos Estados Unidos da América e, de modo mais restrito, a sua aplicação no Estado do Texas onde as execuções são mais constante que nos demais. Tratando especificamente desse tema polêmico, o filme assume como característica relevante a tentativa de mostrar como a pena de morte pode, não somente, não resolver o problema da violência e da criminalidade, como também contribui para que a justiça seja falha, incorrigível, deficiente e cega mais do que já é. Isso se dá à medida que a pena de morte impede a justiça de si corrigir, pois morto não fala e a vida longe de ser já não é mais. O filme quer mostrar a falibilidade da pena de morte, ao mesmo tempo em que aponta para essa forma de combate como própria de paises falidos e ineficientes (em se tratando de justiça) que, mergulhados num profundo abismo de incoerência, irresponsabilidade e corrupção, agem de tal, forma a tirar a vida de seus cidadãos a preservá-la. Como dizia o conde Carlos Sforza, há dois tipos de combate: um pela força e outro pela inteligência. O segundo é próprio dos homens, o primeiro, dos animais. Infelizmente nos Estados que tem a pena de morte, como também em outros que não tem, o primeiro caracteriza-se pelo excesso, ao passo que o segundo, pela escassez.

La vida de David Gale - Clase de filosofia

CONSIDERAÇÕES SOBRE O FILME FILHOS DA ESPERANÇA

Instigando à reflexão sobre a situação atual em que se encontra a humanidade, o filme aponta para a necessidade de uma mudança imediata no que diz respeito a atitude do homem. O problema da infertilidade (em se tratando da esterilidade da mulher – mulher no sentido geral do termo) é simbólico e significa a possibilidade de um estágio no qual a humanidade entraria em extinção. Esse itinerário para o fim seria, portanto, causa de uma estabilidade dos regimes políticos, todavia, negativa. Pois, dada a decadência desses sistemas, da-se também a sua incapacidade de agir benignamente em beneficio da humanidade objetivando a sua continuidade. Esperança, nesse contexto, é sinônimo de motivação, por onde a mudança deve ter o seu inicio. Ter esperança, no que a isso diz respeito, é acreditar na possibilidade de um futuro melhor, desde que algo diferente e bom ao homem passe a existir. O filme é, portanto, uma crítica a toda a ação política que não esteja preocupada com a constância da vida humana.

NATUREZA HUMANA E OS FINS DOS DEVERES EM KANT

PROJETO DE FILME COM ENFOQUE FILOSÓFICO

-TEMA: FILOSOFIA DA MULHER -AUTORES DE REFERÊNCIA: 1. Hannah Arendt – Política 2. Edith Stein – Fenomenologia existencial 3. Sigmund Freud – Ética: valores existenciais 4. Michel Foucault – Cuidado de si -CAPÍTULOS TEMÁTICOS: · Mulher e política · Mulher e existência · Mulher e ética · Mulher e cuidado de si -OBJETIVO GERAL: Ø Pensar a mulher, seus problemas e conquistas a partir de algumas perspectivas filosóficas. -OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Falar da mulher e sua ligação com temas práticos de sua vida: existência, política, ética, cuidado de si; Demonstrar que à mulher pertence sua própria vida, bem como o modo de ela se relacionar como a sociedade, como o próximo e consigo mesmo. -CRONOGRAMA: § Até 21/Abril: pesquisa dos temas e autores-fazer roteiro para as entrevistas... § Até 28/Abril: entrevistas prontas-músicas coletadas;início das gravações... -DATA ENTREGA: 31/MAIO/2008 -APRESENTAÇÃO: JUNHO -SUGESTÕES DE FILMES: SARAFINA, COR PÚRPURA... -TEMA: FILOSOFIA DA MULHER -AUTORES DE REFERÊNCIA: 1. Hannah Arendt – Política 2. Edith Stein – Fenomenologia existencial 3. Sigmund Freud – Ética: valores existenciais 4. Michel Foucault – Cuidado de si -CAPÍTULOS TEMÁTICOS: · Mulher e política · Mulher e existência · Mulher e ética · Mulher e cuidado de si -OBJETIVO GERAL: Ø Pensar a mulher, seus problemas e conquistas a partir de algumas perspectivas filosóficas. -OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Falar da mulher e sua ligação com temas práticos de sua vida: existência, política, ética, cuidado de si; Demonstrar que à mulher pertence sua própria vida, bem como o modo de ela se relacionar como a sociedade, como o próximo e consigo mesmo. -CRONOGRAMA: § Até 21/Abril: pesquisa dos temas e autores-fazer roteiro para as entrevistas... § Até 28/Abril: entrevistas prontas-músicas coletadas;início das gravações... -DATA ENTREGA: 31/MAIO/2008 -APRESENTAÇÃO: JUNHO -SUGESTÕES DE FILMES: SARAFINA, COR PÚRPURA...

considerações sobre a palestra "psicanálise como experiência ética" e; caderno de atividades

Vídeo 3: Caderno de Atividades 1. Resumo do conteúdo Neste vídeo é abordada a seguinte temática: “A Psicanálise como Experiência Ética”, trabalhada em uma palestra proferida pelo professor e pesquisador da PUCPR Daniel Omar Perez. Ele, sendo psicanalista e filósofo, está desenvolvendo pesquisas na área da Psicanálise e a possível relação desta com a Filosofia, no intuito de apresentar a Psicanálise não como uma ciência, teoria explicativa ou qualquer coisa do gênero, mas simplesmente como uma experiência estritamente ética. 2. Glossário: 2.1 Freud: Sigmund Freud, médico austríaco, fundador da Psicanálise, nascido em Pribor (antiga República Tcheca) a 06 de maio de 1856 e falecido em Londres no dia 23 de Setembro de 1939. 2.2 Lakan: Jacques-Marie Émile Lacan, psicanalista francês, nasceu em Paris a 13 de abril de 1901, faleceu na mesma cidade em 9 de setembro de 1981. Percebendo que os freudianos haviam desviado-se do sentido das obras do fundador da Psicanálise, propõe então um retorno a Freud. É esse autor que o professor Daniel (de quem é tratado no vídeo) utiliza em suas pesquisas. 2.3 Psicanálise: É a ciência do inconsciente. Ela busca a cura da pessoa através da análise de coisas que ficam retidas no inconsciente, ou seja, no campo que é como que imperceptível a olho nu, externa e conscientemente. No dizer do próprio Freud “é a profissão de pessoas que curam almas, que não necessitam ser médicos e que não devem ser sacerdotes”(). 2.4 Coisa: conceito cunhado por Lacan, é algo que a humanidade perdera desde sempre, continua a procurá-la, mas parece que não deverá encontrá-la senão com a morte. 2.5 Desejo: é aquilo que fundamenta toda a possibilidade de se pensar a Psicanálise como uma experiência ética. Equivale, portanto, ao desejo do paciente de curar-se. Não é o psicanalista que induzirá o paciente à cura, mas é o próprio paciente que se reconhecerá necessitado da mesma. 2.6 Ética: Segundo o Dicionário Aurélio, ética é o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja em relação à determinada sociedade, seja de modo absoluto. Aqui, esse termo vai significar a relação possível entre o psicanalista e o paciente, em se tratando da questão da cura do mesmo paciente. 3. Exercícios: 3.1 Descreva a partir do filme acima como se pode como se pode compreender a psicanálise como uma experiência ética. 3.2 Qual o papel do psicanalista em relação ao paciente? 3.3 Na abordagem da psicanálise como experiência ética, qual sentido o termo “ética” ocupa nesse contexto? 3.4 Apresentamos como sugestão para compreendermos ainda mais o tema tratado no vídeo acima, recomendamos que se veja os filmes produzidos pelos demais grupos, cujos blog estão em: http://www.diretoriocentralfilosofia.blogspot.com.br

Psicanálise como experiência ética

terça-feira, 15 de abril de 2008

FILOSOFIA COMO CORAGEM DA VERDADE Este vídeo da kosmos produções que aborda como tema “Filosofia como coragem com a verdade” quer apresentar de forma sucinta algumas considerações sobre a importância da ação que visa à saúde e a paz integral do ser humano em todas as suas dimensões. No entanto, convém ressaltar que isso só é possível dada certa disponibilidade da pessoa a um eventual cuidado dela para consigo mesma, como também para com os outros. Em se tratando do modo pelo qual se deu as primeiras práticas terapêuticas e medicinais em tempos antigos é de se notar que, a princípio, o exercício dessas funções era de incumbência total dos filósofos. Dentre esses pensadores, podem-se destacar Hipócrates (considerado o pai da medicina), os cínicos com ênfase em Diógenes e Antístenes (iniciadores do cinismo), além dos pitagóricos, que praticavam radicalmente a abstinência de comidas e bebidas, uma prática que lhes servia para medir o temperamento do individuo. Para os pitagóricos, o pensamento era concebido como abstração o que era útil a libertação da alma à medida que constituía uma espécie de terapia. Cabe ressaltar que a preocupação com o cuidado de si, não se limitou somente aos filósofos dos tempos antigos, mas se estendeu pela história chegando até aos de nossos dias (contemporâneo), como por exemplo, o francês Michel Foucault. O objetivo do cuidado de si era o alcance daquele estado em que tanto o corpo quanto a alma gozam de plena paz, ao que se convém chamar de ataraxia.

domingo, 6 de abril de 2008

Religião

considerações sobre religião em Kant Religare é um verbo de origem latina que significa ligar novamente. Tal é a etimologia do termo religião. Essa explicação encontra-se na literatura clássica e foi adotada pela patrística cristã (s. Agostinho) e pelos doutores da igreja da idade média (santo Tomás). Segundo essa explicação, religião quer dizer “prender o individuo a determinada fé e moral “ (Waldomiro O. Piazza. “Introdução à fenomenologia religiosa”). Em Kant, religião e moral não estão distante uma da outra, pelo contrário, estão bem próximas. No entanto, um ato falho do ser humano pode acaba por intentar a obstrução de tal proximidade. No decorrer de muitos séculos da história da humanidade no que diz respeito à nossa era, é possível notar como a religião e o próprio nome de Deus, além de muitos conceitos bíblicos foram muitas vezes usados por diversos seguimentos religiosos como justificativa para atos imorais. Do ponto de vista da subjetividade, Kant define a religião como sendo o conhecimento de todos os nossos deveres como mandamentos divinos (George pascal. “O pensamento de Kant”). Não se trata, portanto de conceber Deus como o escopo e o fundamento do dever, mas tão somente de reconhecer a necessidade que o produto do dever, ou seja, o efeito dele tem da ação de Deus para a sua realidade efetiva. Cabe lembrar que o dever só é mandamento de Deus, dada sua projeção ao bem supremo. Sendo Deus esse próprio bem, logo o dever se trata de uma articulação pela qual o homem se liga a Ele. É necessário lembrar que o dever pressupõe obediência, de modo que somente aquele que é obediente, é capaz de cumpri-lo efetivamente. O que fundamenta a moral é a prática da lei. Essa ultima, não está preocupada com a legalidade dos atos dos indivíduos, mas, antes, com a moralidade dos mesmos (os atos), pois, para a efetividade na execução das leis, basta que esses sejam morais. Em Kant, a única coisa que pode suspender a lei moral é a fé, aja vista que ela conduz a Deus que é – como já é sabido – o soberano bem.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

"A ULTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO"

considerações “A ultima tentação de cristo” é, sem dúvida, um dos filmes que mais causou controvérsias ao discurso da igreja ao longo de sua história milenar, sobre aquilo que seria os verdadeiros hábitos, modo de ser e identidade de cristo, o filho de Deus que desceu do céu para salvar a humanidade, conforme ela mesma (a igreja) prega e nós – por um ato de fé – acreditamos. O filme traz a tona algumas reflexões sobre as possibilidades das ações de cristo terem sido (em parte) determinadas pelas paixões. Portanto, trata-se de mostrar – no que a essa produção cinematográfica diz respeito – um cristo totalmente homem, que teria agido e se comportado como qualquer outro, logo, destituído de qualquer virtude divina. Por isso, não se descarta a possibilidade de (de acordo com o filme) Jesus ter tido relacionamento com mulheres. A ultima tentação de cristo (não se tratando do título do filme) seria, no entanto, a dele – reconhecendo-se plenamente humano, e, como tal, limitado – ousar abandonar toda a sua missão que seria a de morrer pelos homens para salvá-los de sues pecados. O filme chama a atenção para (no subentendido) a impossibilidade de Jesus suportar e carregar sobre si o “peso” da humanidade, uma vez concebido como homem e, portanto, marcado pela limitação. Ora, sendo essa a proposta do filme, fica óbvio que ele jamais seria aceito pela igreja, não sendo à toa na sua proibição pela mesma. E isso não somente pelo fato dele significar uma contradição à doutrina da igreja, mas também pelo fato de que coloca em estado de dúvida e, desse modo, em perigo toda a fé dos cristãos, pois, traz implícita a necessidade de repensar toda a vida de cristo, de onde provem o “credo” religioso.

terça-feira, 1 de abril de 2008

CRÍTICA DA RAZÃO PURA considerações
Na crítica da razão pura, Kant mostra que o seu grande problema está voltado à questão do conhecimento, como ele se constitui e a partir de que. Essa obra (CRP) está estruturada da seguinte forma: divide-se em duas partes; a primeira intitula-se analítica transcendental, onde o autor responde à questão como são possíveis juízos sintéticos a priori na matemática. Na segunda, intitulada “dialética transcendental” ele responde à questão como são possíveis juízos sintéticos a priori na física. Essa segunda subdivide-se em outras duas. Em uma dessas subdivisões Kant, aprofundando a sua investigação sobre o conhecimento conclui pela impossibilidade de haver na metafísica juízos sintéticos a priori. Para fins de uma compreensão mais aperfeiçoada, convém, aqui, definir o que são juízos sintéticos: são aqueles em que o predicado acrescenta alguma coisa ao conceito do sujeito. Em Kant, os problemas da metafísica, são necessariamente problemas da razão. Esses problemas são, por exemplo, o mundo, Deus, a alma, etc. No real não existe nenhum objetos que corresponde a esses conceitos. Sendo assim, esses conceitos estão impossibilitados de uma experiência científica, e é justamente isso que faz com que inexistam juízos sintéticos a priori na metafísica, pois esses conceitos não têm como acrescentar algo no conhecimento do sujeito, uma vez que não possuem objetos. Ainda na CRP, em se tratando da lei moral, pautada no imperativo categórico, vemos que é ela que determina a vontade livre do sujeito. Agir virtuosamente, para Kant, é agir de acordo com o esse imperativo. Sendo assim, tal deve ser a nossa ação, uma vez que somos seres racionais e, portanto, jamais devemos agir pelas paixões. Em relação ao fenômeno e númeno, vemos a distinção que há entre ambos: o primeiro diz respeito àquilo que aparece, onde no ato de aparecer pode ser captados pelos sentidos, dando origem ao conhecimento a partir de bases empíricas. O segundo diz respeito àquilo que não podemos conhecer, visto que possuímos apenas intuições sensíveis. Mas o númeno não deixa que nos contentemos apenas com a experiência. Desse modo, ele só pode ser capitado a partir de um esforço da razão. Se o fenômeno é aquilo que aparece e se dá aos nossos sentidos, o númeno é aquilo que transcende tudo isso e se estende para além daquilo que aparece. Além da tentativa de resolução do impasse que há entre empirismo e racionalismo, Kant quer também traçar, na CRP os limites do conhecimento.

domingo, 30 de março de 2008

“OS FILÓSOFOS OS TERAPEUTAS E A CURA”

considerações
O artigo “Os filósofos, os terapeutas e a cura”, cumpre a função de introdução do livro “Filósofos e terapeutas”, que é uma compilação de textos que abordam a reflexão de alguns filósofos sobre o mesmo tema, a saber: a cura e a terapia. O livro foi publicado pela editora Escuta em abril de 2007 e tem como organizador Daniel Omar Peres, também autor do referido artigo. Peres é licenciado em filosofia pela Universidade Nacional de Rosário (Argentina), mestre e doutor em filosofia pela Unicamp. Realiza pesquisas em Kant, e filosofias moderna e contemporânea. O texto aborda como tema central a questão da filosofia como uma possibilidade de terapia, através das reflexões sobre o ser e o alto-conhecimento. Isso é abordado fazendo uma comparação entre filósofos gregos como Antístenes até os contemporâneos como Foucault, em cujo pensamento faz-se notar a presença da referida temática. Com isso o autor quer mostrar a possibilidade terapêutica do pensamento filosófico e as contribuições dos estudos antropológicos desenvolvidos por filósofos de “toda a história da filosofia”. Na apresentação dos argumentos, o autor reporta-se aos gregos como, iniciadores da terapia. A contemplação era a prática utilizada como meio para o alcance da ataraxia, estado em que a alma goza de plena paz. Diante disso consideramos que a preocupação humana com o alívio de suas patologias tanto físicas quanto psíquicas perpassa os séculos. Cabe ressaltar que o homem é um ser que está sempre em busca de uma terapia para si mesmo. Desse modo, no decorrer de sua história, ele retorna constantemente à antiga expressão “conhece-te a ti mesmo”.

domingo, 16 de março de 2008

ÉDIPO REI

considerações sobre a peça
A plausibilidade da peça que narrou a história de Édipo rei de Tebas, se deu principalmente pela capacidade de representação dos encenadores com destaque para Hémon, filho do rei, que tenta convencê-lo a invalidar a sentença que tinha declarado a Antígona, sua noiva. Em conotação com a mitologia grega, Édipo, na encenação,era filho de Láio. Sua mãe se chamava Jocasta. A tragédia nos mostra que quando Édipo ainda era criança, a sua mãe recebeu de um oráculo a previsão de que aquele menino seria uma ameaça à vida de seu pai Láio. Com isso, a mãe do garoto, logo trata de entregá-lo a um pastor que, por sua vez, seria incumbido da tarefa de exterminá-lo. No entanto, Édipo foi salvo por um outro pastor que lhe entregou a um casal. Tendo escapado da morte, ele consegue viver e crescer. Certo dia ele dirigia-se a Tebas quando, no caminho, encontrou com um homem em uma carruagem. Sem saber que era seu pai, briga com ele e o mata. Na continuidade de sua caminhada, já às portas de Tebas, ele encara outro grande desafio: para entrar na cidade, tem que vencer uma esfinge que persegui muito àquele lugar. Após vencê-la, Édipo entra na cidade e é proclamado rei de Tebas. Lá, casa-se com uma mulher, a esposa do rei, seu pai, que ele mesmo matou. Detalhe: ele não sabia que o homem a quem matara era seu pai, Láio; nem que a mulher, com quem casara, era a sua mãe, Jocasta. Com ela, ele teve dois filhos e duas filhas. Certo dia, seus dois filhos o expulsam da cidade e ele vai para o exílio na companhia de uma das suas filhas – Antígona – que o acompanhara até a sua morte. Esse mito constitui, de certa forma e com toda razão, o pilar central da psicanálise de Freud. É em cima dele que a obra do alemão vai ser estruturada. Também nos ajuda a entender melhor coisas referentes a afetividade humana, principalmente no que diz respeito à união entre laços parentescos, embora não indique a fonte,ou seja, de onde isso vem.

sexta-feira, 14 de março de 2008

O GLADIADOR

considerações sobre o filme “ O gladiador” é, sem dúvida nenhuma, uma das melhore e mais belas produções cinematográficas da contemporaneidade que relata de forma magnífica um pequeno fragmento da história do vasto império romano.
Durante o período em que sobreviveu o império, aproximadamente um quarto da população mundial vivia e morria sob as leis dos imperadores que passaram pelo comando do poder. Entre eles destaca-se Marco Aurélio. No tempo do governo desse imperador, Roma vivia um clima de tensão em vista dos vários confrontos a que teve com os bárbaros, que eram originários das tribos germânicas.
Um personagem relevante nesse contexto foi o general Máximo que comandava os exércitos romanos do norte. Máximo era muito querido por Marco Aurélio, de modo a Receber dele até mesmo um convite para ser seu sucessor no comando do império após a sua morte, todavia, Máximo não aceitou àquele convite que lhe fora feito. Essa atitude de Marco Aurélio deixou muito com muita ira o seu filho Cômodo, que aspirava loucamente ao poder.
Revoltado com Máximo, Comodo conspira conta ele e manda matar a sua esposa e o seu filho. Marco Aurélio não queria que Comodo governasse, pois não via nele nenhuma daquelas virtudes que o imperador deveria, de fato, ter, pelo contrário, via nele um homem ambicioso, já corrompido e sem moral. As virtudes eram: sabedoria, justiça, firmeza e temperança.
Após vencer os bárbaros e sofrer a conspiração, Máximo volta a Roma como gladiador em busca de vingança, até que, finalmente, consegue depois de vencer e matar Comodo num confronto ocorrido no coliseu de Roma.

ANTÍGONA

considerações sobre a peça
É impossível ler a história mitológica de Antígona (figura célebre da mitologia grega) instituída por Sófocles, sem que ao final se conceba a ela o mérito de ter sido – senão o maior – um dos maiores exemplos de amor fraterno, gratuidade e doação naquele contexto em que os gregos se valiam do mito para explicar os diversos fenômenos que se davam no mundo. A peça narra a história belíssima dessa corajosa jovem, Antígona, que não abandonou o pai Édipo quando esse foi expulso de Tebas Por seus dois filhos, Etéocles e Polinici. Também não hesitou em desobedecer ao decreto do rei Creonte que proibia a qualquer tebano enterrar o corpo de Polinici, um dos irmãos da jovem que morreu na batalha contra Tebas. Essa batalha foi articulada por Etéocles – também irmão de Antígona – que se uniu a Andrastos, rei de Argos. Antigona, por sua coragem desafiadora e pureza de intenção, acabou ofendo ao rei que ordenou que ela fosse enterrada viva. Cabe salientar que, se Por um lado, a ação de Antígona infringia a lei dos homens, por outro, ela honrava as leis dos deuses, pois, era essa ultima que deveria está sobreposta à primeira e não o contrário.
No episódio, por ocasião da sentença, Antígona recebe a solidariedade da sua irmã Ismênia, que se ofereceu a morrer por ela (ou junto dela). Aqui ela mostra novamente a sua retidão e sua grandeza ao recusar aquilo que seria o sacrifício da sua irmã. A tragédia contempla ainda a ação de Hémon, que era filho de Creonte. Hémon era noivo de Antígona. Ao saber da sentença da jovem, ele tenta salvá-la, para isso trava um disputado confronto verbal com o seu pai sobre esse assunto objetivando a reversão da pena. Não conseguindo livrá-la da morte, Hémon se suicida. Na seqüência, ao ser informada da sua morte, sua mãe Euridice também comete o mesmo. Antígona foi levada a uma caverna, onde ficou presa por algum tempo e depois se suicidou. Creonte passou o resto da sua vida carregando o peso da morte de Antígona, Hémon (seu filho) e Eurídice, sua esposa.

"FILÓSOFOS E TERAPEUTAS"

COMENTÁRIO No que diz respeito diz respeito às primeiras práticas de medicina e terapia por parte dos filósofos em tempos antigos, é de se notar que ainda hoje a luta deles é constantemente atualizada quando o assunto é a busca de remédio, ou cura para o corpo e a alma.
Esse assunto teve início com os gregos que, por meio do filosofar, do contemplar a natureza, buscavam atingir também um estado de paz para a alma. Para isso eles dedicavam bastante tempo para a prática de tal atividade. Ficavam várias vezes reiterando aquilo que inspiraram, pois, isso fazia a diferença a cada um. Buscavam a raiz do problema, pois, é de lá que vem a dor, o sofrimento e outras coisas que tiram a paz do espírito.
Muitos problemas existentes ainda hoje, já havia também naquela época, como por exemplo, a depressão e a angustia. Eram esses problemas que mais impedia a felicidade do homem. Foi justamente a isso que os filósofos, por meio da sabedoria, procuravam combater, com o objetivo de fazer o homem alcançar aquele estado em que a alma goza de plena paz. Desse modo, ser médico das almas, era incumbência exclusiva dos filósofos, ou seja, cuidar para que ela não ficasse doente, ou ainda, contribuir para que ficassem curadas aquelas que já estavam doentes. Eles não cuidavam somente da alma dos outros, mas da sua também e isso é que era para eles sabedoria. A sabedoria, portanto, nesse contexto faz referência a toda atividade que se pode praticar na busca pela saúde do corpo e da alma. Essas atividades dizem respeito principalmente à prática de exercícios físicos e espirituais que propiciavam uma recriação da vida cotidiana.
A metodologia usada para o alcance desse objetivo (curar as enfermidades da alma e do corpo e dar paz aos homens) era diversa. Todas vinham de filósofos, como também de cristãos e judeus. Os pitagóricos, por exemplo, praticavam radicalmente a abstinência de comidas e bebidas, uma prática que para eles servia para medir a temperança do indivíduo. Para eles a matemática era útil à libertação da alma à medida que o pensamento era concebido como abstração. Era como se ele fosse uma espécie de terapia.
Outro método utilizado vinha dos cínicos, com destaque para Antístenes e Diógenes. Esse método consistia em viver a vida fazendo o que fosse possível na hora em que se quisesse independentemente do lugar aonde se viesse a está. Deve se está isento de preocupações com o futuro para poder fornecer paz tanto a alma, quanto ao corpo.
Hipócrates e Epicurio são outros dois grandes nomes desse período, em que se buscava resolver os problemas da alma e do corpo por meio da medicina (cujo pai é o próprio Hipócrates) e da terapia.

ODISSÉIA

considerações sobre a peça O filme Odisséia, do ponto de vista da história, possui certa conotação com o filme Tróia. Odisséia, assim como Tróia, é um acontecimento narrado por Homero na Ilíada nos quatrocentos anos que compuseram o período homérico.
O objetivo do filme é mostrar a história de Odisseu, rei de Itaca, que partiu em guerra para Tróia, com a missão de derrotar os troianos. Essa luta se sucedeu por muito tempo. No sétimo ano de batalha, Aquiles, o melhor dos guerreiros gregos foi morto. Tróia tirou, então, o melhor dos combatentes gregos.
Foi de Odisseu que veio a idéia de construir o famoso cavalo de tróia, um gigantesco cavalo de madeira que levava dentro de si vários guerreiros gregos, que, finalmente conseguiram entrar em Tróia e destruí-la quando todos estavam dormindo, depois de muita bebedeira em comemoração àquele falso presente dado aos troianos pelos gregos. Com essa atitude astuciosa, Odisseu conquistou Tróia.
Após a vitória, Odisseu desafiou os deuses dizendo que não precisava mais deles. Isso fez surgir a fúria de Poceidon – deus do mar – que, como castigo a Odisseu, prometeu que ele iria sofrer muito. Quando partiu com seus guerreiros (que o chamavam de mestre) de volta para Itaca, a grande aventura de sua vida começa, de modo que quanto mais ele avançava, mais ele ia conhecendo o perigo e o risco de perder até mesmo a própria vida. No seu trajeto, Odisseu passou por várias ilhas, onde teve contato com várias deusas, inclusive relação com elas. Na primeira ilha, a deusa transforma os guerreiros de Odisseu em animas. Para fazê-los voltar ao mundo real, é necessário que ele se deite com ela. Enquanto permanece no castelo dela, ele não percebe que se passam cinco anos, e quando volta, já não encontra mais alguns de seus guerreiros. Só restam aqueles que foram libertados da magia da deusa. Em outra ilha, ele encontra a deusa calypso. Ali já está sozinho e, saindo de lá, vivendo outras aventuras, consegue, finalmente, retornar a Itaca, onde reencontra a sua família.
O filme, além da história de Odisseu, quer mostrar também como se dá a relação do homem com os deuses e como esses castigam àqueles, dado uma desobediência. Moral da história: o homem, naquela época, sem os deuses não era nada.

O NASCIMENTO DA FILOSOFIA

RESENHA A filosofia, como já é sabido, nasce na Grécia arcaica. Ela é, portanto, uma invenção dos gregos e resulta da superioridade deles em relação aos outros povos no que diz respeito ao uso da razão.
Ao se considerar a genialidade dos gregos, deve-se também levar em consideração outras condições relevantes, como por exemplo, as condições sócio-culturais, que tornaram possível o aparecimento da filosofia na Grécia. Inicialmente, a Grécia (que aqui convém chamar de Grécia pré-filosófica, isto é, antes da filosofia) caracterizava principalmente por ser uma sociedade aristocrática, agrícola e guerreira, cuja estrutura social era de uma coletividade dividida em duas classes: a nobreza e o povo. A primeira, que vivia despreocupada em tempo de paz, era a responsável pela condução do povo em tempo de guerra. A segunda dedicava-se exclusivamente à cultura e a criação de gado. Foi nessa sociedade, com essas características e estruturas, como já vimos, que surgiu a filosofia aproximadamente 2.550 anos atrás. Do ponto de vista da história, atribui-se a Tales de Mileto o privilégio de ter sido o primeiro filósofo da história, embora, não se conceba a ele a honra de ter sido o inventor do termo filosofia. Isso seria privilégio de Pitágoras que, em termos de cronologia, é posterior a Tales. Inicialmente, o problema da filosofia girava em torno da natureza. Daí a razão pela quais os primeiros filósofos “brigaram” acirradamente para estabelecer um principio único que fosse a origem, ou a casa de tudo. Cabe ressaltar que a maior disputa acontecida entre os primeiros filósofos se deu entre Heráclito e Parmênides. O primeiro defendia o devir, ou seja, a idéia de que tudo o que existe está em constante movimento. Já o segundo dizia que não existe movimento, porque o ser é uno e, portanto, não podendo ser dividido, fica impossibilitado de movimentar-se.
Para compreendermos melhor esse momento da filosofia em seu surgimento, é preciso notar que a própria filosofia antiga (grega) distingue-se em três grandes períodos: o primeiro deles se denomina pré-socrático, ou cosmológico que se inicia com Tales e termina com Sócrates. Esse período se chama pré-socrático não só por ter precedido Sócrates, mas também pelo fato de que nele veio a tona problemas que Sócrates não deu muita importância; O segundo período que denomina-se socrático é também chamado de antropológico. Nesse, que começa com Sócrates e termina com Aristóteles, as questões referentes à natureza "ficam de lado" para dar, assim, espaço aos problemas referentes ao homem e à moral e; por fim, o terceiro período chamado helenistico-romano, ou moral, que se inicial com as grandes correntes filosóficas tais como epicurismo, estoicismo, ceticismo, e neoplatonismo, e termina com o fim do império romano do ocidente.
De acordo com Aristóteles, a filosofia nasce da admiração da maravilha. Ela nasce quando contemplamos a totalidade de alguma coisa referente aos conceitos de homem, mundo e Deus. Vale lembrar que a filosofia mediante a utilização do método da justificação racional lógica, deseja oferecer uma explicação racional de tudo o que ela estuda. Na busca por tal êxito, ela se vale exclusivamente da razão, que é o seu instrumento primordial.
No que tange à mitologia, cabe ainda salientar que essa está na raiz da filosofia em se tratando dá sua gênesis, pois foi através de narrativas mitológicas que, inicialmente, os filósofos buscaram explicar os fenômenos que se sucediam no cosmo. Na cultura grega, os mitos classificavam-se em dois grupos: teogonia (que narrava o narrava o nascimento dos deuses) e; cosmogonia (que explicava de forma fantástica a origem do universo e dos fenômenos cósmico). Em síntese, o berço da filosofia grega foi a Jônia, localizada nas costas da Ásia menor (hoje, Turquia) com destaque às colônias de Mileto, Éfeso, Clazômena, Colofônia e Samos.

TRÓIA

cosiderações sobre o filme Entender a guerra de tróia requer, sobretudo, o entendimento de um dos quatro grandes períodos da história da sociedade grega. Trata-se do período homérico, muito famoso, que foi de, aproximadamente, 1200 a.C. a 800 a.C. quando alguns povos conquistaram e dominaram outros. Entre os conquistadores, destacam-se os gregos aqueus, que foram vitoriosos no confronto com os, até então, “invencíveis” troianos.
Os aqueus, inicialmente, eram bandos guerreiros que, ao se estabelecerem na Grécia, evoluíram e desenvolveram uma civilização. Naquele período da Grécia, cabe ressaltar, as principais cidades gregas estavam situadas nas ilhas do mar Egeu. Essas cidades eram, portanto, o centro em torno do qual girava muitas disputas e interesses. Foi exatamente para lá que os aqueus desenvolveram sua expansão militar em busca de novas terras. Esse desejo de conquista, dos aqueus, foi o elemento fundamental que gerou a guerra de Tróia. Essa guerra reflete os conflitos reais que aconteceram entre os gregos e outros povos por volta do final do segundo milênio antes de Cristo.
Essa guerra foi um acontecimento marcante que reuniu praticamente todos os reis e exércitos da Grécia. O primeiro lugar de batalha foi a Tessália. Ao morrer, costumava-se colocar por sobre os olhos do cadáver uma moeda que simbolizava a riqueza e a paz que a alma teria ao se encontrar com os deuses.
A grande ideologia do filme é a de que a guerra teria se constituído em vista do roubo de Helena, por um guerreiro troiano. A guerra em si não foi causa de Helena, mas sim de outros interesses, como a própria Tróia, como proclamou um guerreiro grego.
Com a guerra, os troianos queriam honrar os deuses e defender a polis. Depois de uma longa batalha, a guerra terminou com a vitória dos gregos.

quarta-feira, 12 de março de 2008

"a juventude envelhe a imaturidade é superdada a ignorância pode ser educada a embriaguez passa mas a estupidez dura para sempre" (ARISTÓFANES).